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Os brasileiros chegaram ao pódio do ranking dos compradores de imóveis em Paris. Segundo estatísticas dos notários da capital francesa, no ano passado os brasileiros alcançaram o terceiro lugar entre os estrangeiros que mais adquiriram apartamentos em dois prestigiados bairros da cidade, o 6.º e o 7.º distritos, atrás apenas de italianos e americanos.

Os investimentos imobiliários correspondem tanto a imóveis de luxo, utilizados como residência secundária, quanto a apartamentos mais modestos, adquiridos para obter renda por meio de aluguel por temporada.

O mercado de residências de luxo permaneceu estável face ao marasmo provocado pela crise econômica na Europa. Jean-Philippe Roux, diretor da agência John Taylor, especialista em imóveis de luxo desde 1864, testemunhou o aumento do número de brasileiros interessados em comprar imóveis caros em Paris. Segundo ele, 80% correspondem a executivos ou acionistas, na faixa dos 40-50 anos, em casal, com ou sem filhos.

Os brasileiros se interessam em média, conta Roux, por apartamentos de 120 a 200 metros quadrados, preferencialmente em três áreas: no "triângulo de ouro", prestigiada área das avenidas Champs Elysées, Montaigne e George V; na parte do 16º distrito com vista para a Torre Eiffel; e em Saint Germain des Près.

Os preços variam entre 15 mil e 20 mil euros o metro quadrado, num valor total entre 3 milhões e 3,5 milhões de euros. Há poucas semanas, a agência intermediou a venda para um casal de brasileiros de um apartamento na Avenida Montaigne, de 150 m², por 3,5 milhões de euros, com obras por fazer.

"Os brasileiros são fãs de obras, querem as coisas ao seu gosto. Já há um mercado equipado para isto. Conheço escritórios de arquitetura aqui em Paris com decoradores brasileiros exatamente para isso", conta.

Há também apartamentos que fogem da média, como o imóvel situado no Quai d’Orsay comprado por brasileiros há dois anos, por 18 milhões de euros, e ainda hoje em obras. A agência sabe qual o apartamento padrão de preferência desejado pelos brasileiros mais afortunados: imóvel antigo, com piso de madeira, lareira, pedras lavradas, vigas de madeira aparentes e tijoleiras.

Serviços

A mineira Vanusa Kohler criou a Cheguei Paris há seis anos para oferecer todo tipo de serviço de recepção a brasileiros. Recentemente, passou a auxiliá-los também na compra de imóveis para aluguel. "Arrumo os apartamentos, ganho 6% para ajudar na compra e pôr para alugar. Eles compram, eu administro, alugo e mando o dinheiro para o Brasil. Sete pessoas já fizeram isso comigo", diz.

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