O Impostômetro, painel eletrônico instalado em frente da Associação Comercial de São Paulo, ultrapassou ontem a marca de R$ 1 trilhão de tributos arrecados pelos governos. O valor é suficiente para a compra de 40 milhões de carros populares. Em 2009, essa marca só foi atingida em 14 de dezembro. A expectativa é de que, até o fim do ano, o total pago em impostos alcance a cifra de R$ 1,2 trilhão.
Na opinião dos analistas, o próximo governo terá de ao menos promover alguns pontos da reforma tributária e a consequente redução de impostos. "Independente de quem ganhar (a eleição), espero que o futuro governo tenha vontade política para fazer essa reforma tão necessária para o País", afirma João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), órgão responsável pelo cálculo do Impostômetro.
Pela projeção do instituto, o peso da carga tributária em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deverá encerrar o ano em 35,57%, uma alta de 0,7 ponto porcentual na comparação com 2009. "O cálculo foi realizado com base em um PIB projetado de R$ 3 587 trilhões", diz Olenike.
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