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Dólar cai 2,36% na semana

O mercado de câmbio doméstico continua a "testar" que níveis a moeda americana pode atingir. Apesar de novas compras pelo Banco Central, o dólar caiu 0,63% ontem, para R$ 1,574 – a menor cotação desde 5 de agosto de 2008. O câmbio recuou 2,36% na semana e 5,52% no ano. A semana foi marcada pelo ceticismo do mercado em relação às medidas adotadas pelo governo para conter a desvalorização cambial. Esse descrédito atingiu o ápice ontem, quando a taxa caiu 1,8% – o pior tombo em quase dez meses – menos de 24 horas após a equipe econômica ter mexido novamente na tributação para operações externas.

São Paulo - Bancos e varejistas vão encontrar canais alternativos para driblar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% para 3% ao ano no crédito a pessoa física, que foi anunciado pelo governo na quinta-feira e entra hoje em vigor. Espe­cialistas dizem que as compras parceladas sem juros no cartão de crédito, que não pagam IOF, devem crescer nos próximos meses. Além disso, em vez de emprestar ao consumidor, os bancos podem reforçar acordos com redes de varejo, liberando o crédito para os lojistas para que estes financiem as compras diretamente a seus clientes, escapando do IOF maior.

Os analistas da gestora Barclays Capital, Roberto Attuch e Fabio Zagatti, estão céticos quanto a eficácia da medida para frear o crédito no sistema financeiro, que cresceu 21% nos 12 meses encerrados em fevereiro. "Um aumento de 1,5 ponto porcentual no custo do crédito ao consumo não parece ter um impacto significativo em reduzir a originação desse crédito", destacaram, em relatório. A medida do governo deve ter impacto negativo principalmente em linhas como crédito consignado e financiamento de veículos, avaliam os analistas. A razão é que são os segmentos com menor taxa de juros quando comparado a outras linhas, por isso são mais sensíveis ao aumento do IOF.

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