Líderes reunidos em conferência da Comissão da União Africana em fevereiro deste ano em Addis Ababa, Etiópia.
Líderes reunidos em conferência da Comissão da União Africana em fevereiro deste ano em Addis Ababa, Etiópia.| Foto: Divulgação / Comissão da União Africana

Continente das fronteiras menos controladas para o trânsito de pessoas e mercadorias, a África quer colocar no papel a maior zona de livre comércio do mundo - pelo menos em número de países signatários.

No último fim de semana, em Niamey, capital do Níger, os líderes da Nigéria e do Benin assinaram o Acordo de Livre Comércio Continental Africano. Falta apenas a Eritreia para fechar todos os 55 países do continente. As negociações da zona livre começaram em 2015, mas ganharam impulso nos últimos seis meses, aparentemente catalisadas pelo discurso de protecionismo em outras partes do globo.

Oficialmente, o acordo africano entrou em vigor em maio, depois de ser ratificado por um mínimo de 22 nações. A tarefa, agora, é remover as tarifas em 90% dos produtos, o que deve acontecer até 2030. O acordo envolve uma área geográfica onde vivem 1,2 bilhão de pessoas, com PIB de US$ 2,5 trilhões.