Bandeira vermelha
Cobrança da bandeira vermelha no patamar 2 é mantida na conta de luz para setembro, e pode vir com aumento.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica definiu que a bandeira tarifária em setembro de 2021 será vermelha no patamar 2, a mais cara do sistema de cobrança. Não há confirmação, entretanto, sobre preço. Segundo a reguladora, "os valores das bandeiras tarifárias estão em análise e serão divulgados posteriormente". Atualmente, o patamar mais alto adiciona R$ 9,49 à fatura de energia a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

De acordo com a Aneel, agosto foi mais um mês de severidade para o regime hidrológico do Sistema Interligado Nacional (SIN) e a perspectiva para setembro não deve se alterar significativamente, com os principais reservatórios atingindo níveis consideravelmente baixos para a época do ano. O cenário de manutenção da crise hídrica significa capacidade reduzida de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos, pressionando os custos e o preço da energia.

A Aneel já indicou que a bandeira vermelha deve sofrer novo reajuste. Em julho, passou a valer aumento de 52% na bandeira vermelha 2, mas naquele momento a agência anunciou que haveria revisão dos cálculos para garantir que o valor cobrado seria suficiente para arcar com a geração mais cara. Dados do mês de junho já apontavam um déficit de arrecadação com as bandeiras da ordem de R$ 1,5 bilhão. À época, segundo a área técnica da Aneel, considerava-se que o reajuste precisaria ficar entre 84,3% e 92,3% para dar conta do encarecimento na oferta.

Informação divulgada pelo jornal O Globo aponta que nova alta pode ficar entre 50% a 58%, levando o adicional pago a até R$ 15 por cada 100kWh consumido.