Os problemas econômicos do país serão assumidos, em dezembro, pelo sucessor do atual presidente Mauricio Macri| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A incerteza econômica e política pela qual a Argentina passa fez com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendesse temporariamente o acordo de US$ 56 bilhões em ajuda financeira feito com o país. Mas o anúncio feito nesta quarta-feira, 25, pode ainda estar gerando alguns efeitos colaterais. O maior impacto deverá ser visto nos futuros empréstimos a serem desembolsados ​​pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Banco Mundial, de acordo com a publicação argentina Infobae.

Para as duas organizações, a aprovação de novas linhas de crédito para a Argentina em um futuro próximo é pouco provável, pelo menos até que a situação com o FMI seja resolvida. No caso do BID, outro fator foi decisivo: o rebaixamento da nota de classificação de risco da dívida do país, ocorrido em agosto.  Esse fato obrigaria o aumento de previsões sobre o portfólio já emprestado, o que resultaria em perda da capacidade de empréstimo.

Além desse aspecto técnico, há também questões políticas importantes. Por trás da decisão do FMI de adiar as definições da Argentina, está o governo dos Estados Unidos. No BID e no Banco Mundial, o voto dos EUA é decisivo. Sem o apoio do poder principal, é praticamente impossível para a entidade aprovar novos empréstimos em favor da Argentina.

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