Atividade econômica cai em março mas fecha trimestre com alta de 2,3%, diz BC
| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em meio à segunda onda da pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica brasileira recuou em março, interrompendo uma série de dez meses de consecutivos de recuperação. O Banco Central informou nesta quinta-feira que seu Índice de Atividade (IBC-Br) caiu 1,59% em março ante fevereiro, na série já livre de influências sazonais. Em fevereiro, o indicador havia avançado 1,89%, conforme dado revisado.

Por outro lado, o indicador trimestral veio positivo. No período de janeiro a março, o IBC-Br registrou alta de 2,30% na comparação com o último trimestre de 2020. Esse desempenho veio acima do ponto médio (mediana) das expectativas de analistas do mercado financeiro – os consultados pelo Projeções Broadcast esperavam avanços entre 0,60% e 2,70%, com mediana de 2,10%.

Na comparação com os três primeiros meses de 2020, o avanço no indicador do Banco Central foi de 2,27%.

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, percebidos em fevereiro do ano passado, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril de 2020. Após este período, o IBC-Br passou a reagir, até que a segunda onda provocasse, no início de 2021, novas interrupções de atividades.

Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2021 é de alta de 3,6%.

No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC na última segunda-feira, a projeção é de alta de 3,21% do PIB em 2021. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.