Sede do Banco Central, em Brasília.
Sede do Banco Central, em Brasília.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Após a forte retração nos meses de março e abril, em meio à pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica brasileira apresentou o sexto mês consecutivo de alta. O Banco Central informou nesta segunda-feira (14) que seu Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 0,86% em outubro ante setembro, na série já livre de influências sazonais. Em setembro, o avanço havia sido de 1 68% (dado revisado).

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril. Nos últimos meses, porém, o IBC-Br demonstrou reação.

De setembro para outubro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 135,59 pontos para 136,75 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde fevereiro deste ano (140,07 pontos). Na comparação entre os meses de outubro de 2020 e outubro de 2019, houve baixa de 2,61% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 139,37 pontos em outubro.

Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 5,0%. Este cálculo será atualizado na próxima quinta-feira por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC nesta segunda-feira, a projeção é de queda de 4,41% do PIB em 2020. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.