Dilma Rousseff
Presidente do banco diz que a instituição vai captar recursos em diferentes moedas para financiar projetos em países com divisas não conversíveis.| Foto: reprodução/NDB

A ex-presidente do Brasil e atual presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, disse nesta terça (30) que vai aceitar a adesão de mais países para captar recursos para o capital social, e sinalizou que nações que não tem moedas conversíveis para transações externas podem ganhar espaço na instituição.

“Os países que se juntarão a nós trarão recursos para o Banco, apoiando a diversificação de sua carteira e aumentando sua capacidade de mobilização de recursos. A expansão do quadro social do Banco servirá para fortalecer nossa base de capital, ampliando o suporte a novos investimentos”, disse durante a abertura da 8ª reunião anual do banco em Xangai, na China (veja na íntegra).

Embora não tenha mencionado quais serão estes novos países, o Banco dos Brics – que foi fundado com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – aceitou a adesão também de Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Egito.

Dilma disse que o NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, na sigla em inglês) pretende captar recursos em diferentes moedas, como yuan chinês, dólar e euro para financiar projetos em moedas locais das chamadas “economias do Sul Global”.

“Como suas moedas não são totalmente conversíveis dentro da atual arquitetura financeira, as economias do Sul Global frequentemente sofrem os impactos negativos de flutuações repentinas em suas taxas de câmbio”, completou.