Gasto público do governo tem, em geral, três fontes de financiamento: arrecadação, endividamento e emissão monetária.
O setor bancário renegociou 16,8 milhões de contratos com operações em dia, que têm um saldo devedor total de R$ 971,5 bilhões.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Com os programas de estímulo criados pelo governo durante a crise, os bancos acumulam R$ 3,4 trilhões em concessões de crédito entre março - mês que marca o início do isolamento social imposto pela pandemia no Brasil - até dezembro. A estimativa é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que põe na conta números já divulgados pelo Banco Central (BC) para o período entre março e novembro, que somam R$ 3,1 trilhões, e uma projeção da própria para os resultados de dezembro, de R$ 313,8 bilhões, que envolve apenas as operações no segmento livre de crédito para pessoa jurídica e, no caso da pessoa física, o crédito imobiliário, mas não as operações de crédito rotativo.

Além disso, entre 16 de março, data que simboliza o começo da quarentena no País, e 31 de dezembro, o setor renegociou 16,8 milhões de contratos com operações em dia, que têm um saldo devedor total de R$ 971,5 bilhões. A soma das parcelas suspensas dessas operações, estima a Febraban, totaliza R$ 146,7 bilhões. "Os valores geraram alívio financeiro imediato para empresas e consumidores, que passaram a ter uma carência entre 60 a 180 dias para pagar suas prestações, sendo que a maioria dos agentes beneficiados com prorrogação de parcelas é representada por pequenas empresas e pessoas físicas (R$ 77,1 bilhões)", diz a Febraban, em nota enviada à imprensa.