Bruno Serra Fernandes pediu exoneração do cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central.
Bruno Serra Fernandes pediu exoneração do cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central.| Foto: Pedro França/Agência Senado.

O Banco Central (BC) comunicou nesta segunda-feira (27) a saída do diretor de Política Monetária, Bruno Serra Fernandes. O mandato de Fernandes terminou em 28 de fevereiro e ele seguiu como interino no cargo, mas acabou pedindo a exoneração. "Em nome do Banco Central, o presidente Roberto Campos Neto agradece ao diretor Bruno Fernandes pelos relevantes serviços prestados ao Banco Central e à Diretoria Colegiada", diz a nota da autarquia.

A exoneração de Fernandes, com validade a partir de 23 de março, foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU), informou a Agência Brasil. Agora, cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomear o substituto. O escolhido também deve passar por sabatina no Senado. Mais cedo, ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, afirmou que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado está pronta para analisar as indicações do presidente.

A decisão ocorre em meio às discussões sobre a taxa básica de juros, a Selic, e pressões do governo federal para sua redução. Os diretores e o presidente do BC são os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão responsável pela definição da Selic. O Copom reúne-se a cada 45 dias e o próximo encontro está marcado para os dias 2 e 3 de maio.

A Diretoria Colegiada do Banco Central é composta pelo presidente e mais oito diretores. Conforme a Lei Complementar nº 179/2021, que estabeleceu a autonomia do Banco Central, os mandatos são fixos e têm duração de quatro anos, podendo ser renovados por apenas uma vez.