China adia imposição de tarifas sobre carros e outros bens dos Estados Unidos
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O governo da China afirmou que vai postergar a aplicação de tarifas punitivas planejadas para automóveis e outros produtos fabricados nos EUA, após os dois países concordarem sobre a "fase 1" do acordo comercial bilateral. O anúncio feito neste domingo (15) ocorre depois que Washington concordou em adiar um planejado aumento de tarifas sobre US$ 160 bilhões em mercadorias chinesas e reduzir pela metade multas que já foram impostas.

"A China espera trabalhar com os Estados Unidos, com base na igualdade e no respeito mútuo, para abordar adequadamente as principais preocupações de cada um e promover o desenvolvimento estável das EUA: Negociação da fase 2 do acordo com China começa imediatamente" afirma um comunicado.

O representante de comércio americano, Robert Lighthizer, disse, na sexta-feira (13), que, com o acordo, a China se comprometeu a comprar US$ 40 bilhões em produtos agrícolas americanos nos próximos dois anos. Segundo ele, a China também prometeu encerrar sua prática de pressionar empresas a entregar sua tecnologia como condição de acesso ao mercado.

Pequim planejava impor 25% em impostos sobre carros fabricados nos Estados Unidos a partir deste domingo, o que elevaria a cobrança total para 40%. Os mais atingidos seriam unidades das alemãs BMW, Daimler e Mercedes, que enviam suas SUVs e outros carros fabricados nos EUA para a China.