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Durante o período seco do ano passado o Brasil chegou a utilizar recursos com custo superior a R$ 2.000/MWh para enfrentar a crise hídrica.| Foto:

Com o aumento do nível dos reservatórios em diversas regiões do país, o governo federal limitou a geração de energia a partir das termelétricas para 10 giga-watts médios (GWmed), incluindo o montante importado. Antes o limite era de 15 GWmed diários. A decisão foi tomada durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) na quarta-feira (2).

“Diante dos resultados apresentados, considerando a continuidade da recuperação dos armazenamentos de relevantes reservatórios de usinas hidrelétricas, o atendimento aos usos múltiplos da água e as incertezas intrínsecas associadas à evolução da estação chuvosa em 2022, o CMSE manifestou-se pela redução da intensidade das medidas excepcionais para o atendimento à carga e a garantia do atendimento em 2022, cuja aplicação continuará a ser reavaliada periodicamente, em reuniões técnicas”, afirma o Ministério de Minas e Energia em nota.

No mesmo encontro, o grupo de trabalho também reduziu o teto de custo de operação do Sistema Interligado Nacional (SNI) dos atuais R$ 1.000/MWh para R$ 600/MWh para os despachos termelétricos e para importação de energia elétrica dos países vizinhos. Durante o período seco do ano passado o Brasil chegou a utilizar recursos com custo superior a R$ 2.000/MWh para enfrentar a crise hídrica. Em nota, a pasta diz que a mudança na política operativa deverá se traduzir em redução dos custos percebidos pelos consumidores de energia elétrica.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste – o principal do país – ocupavam 19,8% da capacidade máxima no início de dezembro. O índice subiu para 26,1% no início de janeiro e alcanço 42,2% no início deste mês.