Americanas afirma que seguirá operando normalmente dentro das novas regras da recuperação judicial. Dívida total da companhia chega a R$ 43 bilhões.
Americanas afirma que seguirá operando normalmente dentro das novas regras da recuperação judicial. Dívida total da companhia chega a R$ 43 bilhões.| Foto: EduardoP/CreativeCommons

A Americanas S.A. divulgou nesta quinta-feira (19) ao mercado financeiro fato relevante informando que pretende entrar com um pedido de recuperação judicial em caráter de urgência “nos próximos dias ou potencialmente nas próximas horas”. A divulgação desse tipo de comunicado é uma determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e acontece após o registro de um rombo no balanço financeiro da empresa que passa dos R$ 20 bilhões. O endividamento financeiro do grupo chega a R$ 43 bilhões.

“Administração da Americanas vem a público informar que seguirá operando normalmente dentro das novas regras da recuperação judicial, cujo um dos objetivos principais é a própria manutenção de empregos, pagamento de impostos e a boa relação com seus fornecedores e credores e investidores de forma geral”, diz a empresa em nota.

De acordo com a Americanas, o pedido é resultado do posicionamento do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que suspendeu, em decisão monocrática referente a mandado de segurança impetrado pelo Banco BTG, o efeito da concessão estabelecida pela Décima Quinta Câmara Cível, também do TJRJ, para retomada dos direitos da companhia de reaver valores compensados por credores nos termos da decisão cautelar proferida pelo Juízo da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nesta semana.

Na mesma decisão, o Órgão Especial determinou o bloqueio de R$ 1,2 bilhão em conta do Banco BTG até a apreciação do mandado de segurança. A Americanas afirmou que, além disso, a posição de caixa disponível da companhia para suas atividades alcançou, nesta quinta-feira (19), o valor de R$ 800 milhões, do qual grande parte está indisponível para movimentação. Conforme informou o Órgão Especial, parcela significativa deste valor estava injustificadamente indisponível para movimentação pela companhia na data de ontem.