O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone.| Foto: Alan Santos/PR
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O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, defendeu nesta terça-feira (2), a aprovação da Medida Provisória 998, que traz uma série de dispositivos e mudanças nas regras do setor elétrico. Pepitone afirmou que a medida é de extrema importância para ajudar a conter a escalada das contas de luz, principalmente por conta da pressão do aumento dos custos setoriais e de geração, por conta do nível dos reservatórios.

Entre as mudanças que a MP traz, está a redução das tarifas de energia de consumidores atendidos por distribuidoras do Norte e Nordeste. Além disso, estanca o crescimento de subsídios a fontes renováveis, como eólica e solar, e facilita a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3.

O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), quer votar o texto na próxima quinta-feira (4). Por se tratar de uma medida provisória, o texto passou a valer desde sua edição pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no ano passado. Mas, para se tornar lei definitiva, ela precisa passar pelo crivo dos senadores até o dia 9 de fevereiro.

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Pepitone afirmou que a MP traz medidas para corrigir algumas distorções no setor elétrico e que há muito tempo o setor elétrico tem necessidade de modernização de seu marco legal. Propostas nesse sentido chegaram a ser discutidas nos últimos anos no Congresso, mas não tiveram força política para aprovação.

"A MP limita subsídios, permite a realização de leilões de capacidade de energia, algo que o País está precisando fazer com urgência, reduz tarifas das concessionárias licitadas pela Eletrobras e também destina saldo que estão represados para modicidade tarifária", citou o diretor-geral. "A não aprovação é uma perda de oportunidade para o consumidor de energia, sobretudo da região Norte e Nordeste", completou Pepitone.