Governo planeja fazer reforma ministerial para garantir aliados no comando do Congresso
Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com o Congresso ao fundo.| Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado

O governo federal vai pagar, em 2021, R$ 500 milhões em progressões de carreira de 170 mil servidores públicos. Desse total, a maior parte tem caráter automático, sem qualquer avaliação de desempenho ou mérito, diz a Folha. As progressões também são comuns nos Poderes Judiciário e Legislativo, tanto em estados e quanto nos municípios.

O Ministério da Economia tenta impedir esses aumentos salariais quase que automáticos para novos servidores. Porém, a proposta que trata do assunto não deu sinal de avanço no Congresso. O gasto com pessoal para este ano deve ser de aproximadamente R$ 320 bilhões, segundo o Orçamento ainda pendente de aprovação no Congresso. Em contrapartida, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, buscar fazer cortes entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões.

Já a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa foi enviada pelo governo à Câmara no ano passado, mas segue sem previsão de votação pelos parlamentares. A proposta prevê, entre outras possibilidades, a proibição de progressões automáticas de carreira, como as gratificações por tempo de serviço. A PEC abrange apenas os novos servidores.