Endividamento aumenta entre famílias mais pobres
| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo

O percentual de famílias com dívidas atingiu 67,4% em julho, o maior nível da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgou nesta terça-feira (28) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O crescimento se deve ao aumento do endividamento das famílias com até 10 salários mínimos de renda, que chegou ao recorde de 69% em julho, acima dos 68,2% de junho e dos 65,4% de julho de 2019. Por outro lado, famílias com renda superior a esse patamar tiveram redução do endividamento, chegando a 59,1% em julho, abaixo dos 60,7% em junho. Apesar disso, o percentual ficou acima dos 58,7% de julho de 2019. "As necessidades de crédito têm aumentado para as famílias com menor renda, seja para pagamento de despesas correntes, seja para manutenção de algum nível de consumo", analisa a CNC, "por outro lado, para as famílias de maior renda, tem aumentado a propensão a poupar". A pesquisa considera como dívidas despesas declaradas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa, ainda que estejam em dia. A Peic também questiona os entrevistados sobre dívidas ou contas em atraso, percentual que chegou a 26,3% no geral, o maior valor desde setembro de 2017. As informações são da Agência Brasil.