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Um dos principais executivos do mercado financeiro nacional, Bernardo Parnes está à frente da Investment One Partners, gestora de recursos de terceiros e de fortunas, com cerca de R$ 3 bilhões. Ele se diz "velho e rodado" para não desejar que a retomada da economia seja lenta e gradual. "Acho que a melhor coisa é um tijolinho após o outro", diz o executivo, que também foi presidente para América Latina do Deutsche Bank e liderou o Merrill Lynch no País.

Segundo Parnes, é preciso ter cuidado com o intenso movimento de startups de serviços financeiros. Agora se fala muito das fintechs. Quando se analisa com mais calma, a gente vê que as empresas não existem, só business plan [planos de negócio]. Tudo é fintech. Impressionante", afirmou em entrevista ao Estado de S. Paulo.

Ainda de acordo com parnes, o movimento "pode ter uma bolha. O Brasil está muito atrás, comparado com o mercado externo, na digitalização. Mas vieram alguns players aqui derramando dinheiro, fazendo due dilligences superficiais e tenho certeza de que vai dar confusão. É irreversível para onde a gente vai caminhar, mas tem de analisar os casos. Não tenho receio do mundo digital. Meu receio é a velocidade da valorização de ativos digitais, como as fintechs", avaliou.

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