Ministro Paulo Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia: PEC Emergencial pode travar análise do Orçamento 2021 no Congresso.
Ministro Paulo Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia:| Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a desoneração da folha para todos os segmentos da economia. "Estamos convencidos do problema de desoneração da folha. Precisamos remover esse problema que é a cobrança de impostos sobre a folha. Esse imposto é um desastre. Colocou 40 milhões de brasileiros foram do mercado formal e prejudica a arrecadação para a Previdência. O imposto sobre a folha é um desastre", ressaltou nesta quinta-feira (19), durante o 41º Congresso Brasileiro de Previdência Privada promovido pela Abrapp.

Segundo Guedes, o debate não foi para a frente porque foi interditado pela Câmara dos Deputados. "A Câmara interditou esse debate. Oras, um governo eleito quer fazer uma reforma e não consegue, vamos cuidar das outras, os gastos, as despesas, começamos pela Previdência, depois os juros da dívida", citou, sem mencionar diretamente o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), a quem culpa por sua ideia não ter sido levada adiante. A desoneração da folha faria parte da reforma tributária do governo, que só foi enviada parcialmente ao Congresso.

Os parlamentares até aprovaram uma extensão da desoneração da folha de pagamentos até o fim de 2021, mas somente para 17 setores da economia, o que o governo é contra. Guedes defende a desoneração para todos os setores. Em troca, quer a criação de um imposto sobre transações digitais, ideia rechaçada por Maia.