O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu aos servidores públicos para apoiarem a reforma administrativa.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu aos servidores públicos para apoiarem a reforma administrativa.| Foto: Isac Nobrega/Presidência da República

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu nesta quarta-feira (24) o apoio dos servidores públicos à proposta de reforma administrativa encaminhada pelo governo ao Congresso em setembro de 2020. Segundo o ministro, se aprovada, a proposta não vai atingir "nenhum direito do funcionalismo público federal". Guedes fez o pedido ao participar do 1º Seminário da Corregedoria do Ministério da Economia. Durante o discurso, ele citou o episódio em que comparou a figura do servidor e a de um parasita e afirmou que nunca xingou os servidores, segundo a Folha de S. Paulo.

O ministro disse que à época estava falando sobre a necessidade de controle nos gastos dos estados e municípios. "Tem centenas de municípios que não conseguem sequer pagar a própria folha [...]. E eu disse que isso é como se fosse uma unidade que está ficando parasitária [...] E na memória [das pessoas ficou que estava] xingando os funcionários públicos. Eu nunca xinguei, minha mãe foi funcionária pública a vida toda, tem 99 anos. Estou experimentando o convívio com gente extraordinária [do serviço público]", disse Guedes.

O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), Sergio Ronaldo da Silva, disse que "a possibilidade de os servidores públicos apoiarem a proposta de reforma administrativa é zero".

"[A proposta] não terá apoio porque, em primeiro lugar, um gestor que considera funcionários públicos como inimigos ou como parasitas não merece apoio. Em segundo lugar, porque ele [Guedes], até hoje, não apresentou dados críveis. Começou dizendo que a economia com a reforma administrativa seria de R$ 300 bilhões em dez anos. Depois disse que seria de R$ 450 bilhões, e agora diz que é de R$ 800 bilhões. Cada hora ele fala um número diferente. Não dá para acreditar", argumentou o secretário-geral da Condsef. Com informações da Agência Brasil.