O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve prestar depoimento como declarante em uma ação envolvendo o senador Renan Calheiros.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve prestar depoimento como declarante em uma ação envolvendo o senador Renan Calheiros.| Foto: Washington Costa/Ascom/ME

O ministro da Economia, Paulo Guedes, acionou o procurador-geral da República, Augusto Aras, para não precisar depor na Polícia Federal em uma ação que investiga o senador Renan Calheiros (MDB-AL). O pedido foi feito pelo advogado do ministro, Ticiano Figueiredo, e exposto nesta quarta-feira (25) por engano pelo próprio PGR no WhatsApp.

Aras publicou, sem querer, no status do WhatsApp, uma mensagem que recebeu de um interlocutor pedindo que ele recebesse o advogado: "Seria possível receber o advogado do Paulo Guedes, o dr. Ticiano Figueiredo por 5 minutos? Assunto: possível dispensa de Paulo Guedes, junto à PF, em processo investigativo contra Renan Calheiros, onde Guedes não é parte", diz a mensagem.

A resposta do PGR também foi postada no status do aplicativo: "Sim. Falaremos no celular e ajustaremos". O procurador apagou as imagens com as mensagens minutos após perceber o engano. O processo foi aberto em 2017 e apura a relação de Calheiros com Milton Lyra, apontado pelos investigadores como lobista de membros do MDB no Postalis, instituto de previdência dos Correios, informou a Folha de S. Paulo. Guedes foi intimado a depor como declarante, ou seja, não investigado.

Em abril, a equipe jurídica de Guedes pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro fosse dispensado do depoimento. Os advogados argumentaram que Guedes não tem qualquer relação com a investigação envolvendo Renan. O senador nega qualquer irregularidade. A PGR confirmou que Aras recebeu o pedido, mas não disse se o PGR irá receber o advogado Ticiano Figueiredo para discutir o tema.