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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o valor de R$ 300 para a nova rodada do auxílio emergencial. Em entrevista ao jornal O Globo, Lira pede que o Congresso não tente inflar o benefício.
“O ministro Paulo Guedes falou em R$ 200 para o novo auxílio, e o presidente Bolsonaro anunciou R$ 300. E o que o presidente anuncia, o governo vai ter que arrumar um jeito de fazer, penso eu. Talvez seja o valor ideal na cabeça de todo mundo. E o Congresso vai ter que ter muita responsabilidade para não mexer nesse valor, para não ficar aquele jogo de poker ficou da outra vez: ‘eu blefo e o outro paga’. Então saiu de R$ 200 para R$ 600”, afirmou o presidente da Câmara.
Lira defendeu a criação de um auxílio permanente, chamado por ele de "irmão gêmeo do Bolsa Família". “Quanto mais trabalharmos nessa questão da desvinculação orçamentária e da folga do teto orçamentário, a gente pode criar um programa desse porte cumprindo as regras fiscais de teto de gastos para que os mercados não oscilem, o dólar e os juros não subam a longo e médio prazo. O ideal nesse caso é um valor que atenda, que você possa cumprir, e que tenha quantidade maior de pessoas”, disse.
De acordo com Lira, esse benefício seria "melhor remunerado" e poderia abranger também trabalhadores que declarem renda no mercado informal.