O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Diante da crescente pressão por uma nova rodada de auxílio emergencial para ajudar os mais vulneráveis à crise da Covid-19, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse neste domingo (24), esperar do governo e do Congresso a "sensibilidade necessária" para encontrar o melhor caminho. Ele destacou, porém, que será necessário definir, durante a votação do Orçamento de 2021, qual será a prioridade dada a essa iniciativa, respeitando as condições fiscais da União.

"Teremos votação do Orçamento, espero, entre fevereiro e março. Esse será o momento de definir qual prioridade que governo dará, dentro de sua condição orçamentária, a um novo programa ou à manutenção do que aí está. Tem muito a ver com essa sinergia necessária entre Parlamento e governo federal e com o apelo da própria sociedade. Agora, essa é uma missão do ministro Onyx (Lorenzoni, da Cidadania), junto com o presidente (Jair Bolsonaro)", disse Marinho em entrevista à GloboNews. "Espero que haja sensibilidade necessária para encontrarmos o melhor caminho", afirmou.

O ministro negou que adote uma "agenda pró-gasto", afirmou que possui um histórico de defesa da responsabilidade fiscal e disse que trabalha apenas para executar o Orçamento destinado ao MDR. Na entrevista, Marinho buscou distensionar a relação com Guedes, ao mesmo tempo em que defendeu a busca de sua pasta para destravar as obras.

Rogério Marinho disse que o governo tem uma "janela" em 2021 para aprovar reformas estruturais antes que as eleições de 2022 dominem o ambiente político e inviabilizem o avanço dessas pautas. Na avaliação do ministro, a agenda de reformas "está acima" da disputa pelo comando do Congresso.