Uma escalada na guerra de tarifas poderá custar 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, segundo a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath.
Uma escalada na guerra de tarifas poderá custar 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, segundo a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath.| Foto: Bigstock

A prioridade global indicada pela nova diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, em sua primeira entrevista coletiva foi o fortalecimento do comércio internacional. A mudança, segundo ela, deve começar pelo encerramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Ela citou nominalmente os dois países, indicando as "tensões comerciais" trazidas por eles.

Na apresentação de sua agenda política imediata, Kristalina definiu a perspectiva global como precária. Para ela, o conjunto de riscos está ligado a uma possível ampliação das tensões no comércio e a crescentes vulnerabilidades financeiras. Há, também, o risco de contaminação do câmbio e das condições monetárias por aquelas tensões. Isso agravaria a desaceleração econômica já observada na maior parte do mundo.

Segundo Georgieva, é preciso fazer do comércio um motor do crescimento econômico e da geração de empregos. Para isso, será necessário valorizar o sistema internacional e promover a paz no mercado global, acrescentou.