Atualmente, a parcela de gás natural da União é vendida exclusivamente para a Petrobras.
Atualmente, a parcela de gás natural da União é vendida exclusivamente para a Petrobras.| Foto: Marcelo Andrade / Arquivo Gazeta do Povo

A Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) deve lançar um processo competitivo para vender as parcelas de gás natural de direito da União, no Polígono do Pré-Sal, no segundo semestre deste ano. Atualmente, a parcela de gás natural da União é vendida exclusivamente para a Petrobras. A estatal PPSA pretende comercializar cerca de 200 mil m³/dia em 2023, quase o dobro do volume previsto para 2022, de 125 mil m³/dia.

“A PPSA tem, hoje, contratos vigentes para a comercialização de gás natural da União dos contratos de partilha de produção (CPPs) dos campos de Entorno de Sapinhoá e Búzios e da Jazida Compartilhada de Tupi. No entanto, estes contratos expiram ao fim deste ano. Por isto, um novo processo para a comercialização é necessário”, disse a PPSA em nota.

Segundo a companhia, as empresas potencialmente interessadas no gás natural da União já estão sendo consultadas informalmente. A ideia inicial é formatar uma estratégia comercial e possibilitar que as empresas comprem o gás natural na boca do poço, embora a venda na saída do sistema de escoamento não esteja descartada.

A estatal conta também com o início da operação do gasoduto Rota 3, previsto para o segundo semestre deste ano, e avalia incluir a comercialização da parcela de gás natural da União dos campos de Sépia e Atapu no processo a ser realizado. "Atualmente, o gás da União soma entre 110 mil e 120 mil m³/dia, mas a previsão é que esse volume atinja entre 230 mil e 240 mil m³/dia e mais um processo licitatório será necessário [em 2023] com o objetivo de conseguir boas tarifas para Sépia e Atapu", disse Eduardo Gerk, diretor-presidente da PPSA.