Detalhe do vão da escada central do edifício-sede do Banco Central, em Brasília: bancos e consultorias reduziram novamente as projeções para o PIB, e elevaram estimativas para inflação.
Detalhe do vão da escada central do edifício-sede do Banco Central, em Brasília: bancos e consultorias reduziram novamente as projeções para o PIB, e elevaram estimativas para inflação.| Foto: Beto Nociti/BCB

A nova edição do relatório Focus, publicada nesta segunda-feira (22) com projeções atualizadas até sexta (19), revela que bancos e consultorias estão mais pessimistas com a economia brasileira.

Pela sexta semana seguida, as instituições consultadas pelo Banco Central rebaixaram as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 e 2022. O ponto médio dos prognósticos para o crescimento econômico deste ano baixou de 4,88% para 4,8%.

Para o ano que vem, a mediana caiu de 0,93% para 0,7%. As instituições mais pessimistas preveem queda de até 0,9% do PIB, enquanto as mais otimistas esperam alta de até 2,5%.

Na semana passada, o governo federal também reduziu suas projeções para a geração de riquezas, mas ainda espera taxas mais altas que as do relatório Focus. O Ministério da Economia espera alta do PIB de 5,1% em 2021 e 2,1% em 2022.

Em alta há 33 semanas, a previsão para a inflação (IPCA) de 2021 passou de 9,77% para 10,12% em apenas sete dias. As apostas para 2022 também pioraram significativamente, subindo de 4,79% para 4,96%. Foi o 18.º reajuste consecutivo.

A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022 – em ambos os casos, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

O ponto médio das estimativas para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano foi mantida em 9,25%. Para o fim do próximo ano, a mediana subiu de 11% para 11,25%.