O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, ponderou que o governo pode reeditar o programa de auxílio emergencial apenas se uma nova grande onda de contaminações atingir o Brasil no ano que vem.
O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, ponderou que o governo pode reeditar o programa de auxílio emergencial apenas se uma nova grande onda de contaminações atingir o Brasil no ano que vem.| Foto: Pablo Valadares/Arquivo Câmara dos Deputados

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, descartou nesta segunda-feira (14), a renovação do auxílio emergencial porque, "em princípio", o governo não vai prorrogar o "orçamento de guerra" que suspendeu a aplicação de regras fiscais. "Em princípio, não haverá prorrogação do orçamento de guerra. Não havendo prorrogação, não há nenhuma chance de renovação do auxílio emergencial", comentou o parlamentar em evento online da Eurásia. Ele acrescentou que não há espaço orçamentário para acomodar a continuidade do auxílio. "Obviamente, não tem fura-teto", disse o deputado, referindo-se à regra que estabelece um limite máximo às despesas públicas. O líder do governo na Câmara ponderou que o governo pode reeditar o programa de auxílio emergencial apenas se uma nova grande onda de contaminações, paralisando completamente a economia, atingir o País no ano que vem. Neste caso, observou, o auxílio teria de ser financiado pela redução de renúncias fiscais que somam R$ 370 bilhões. Contudo, ele disse não perceber hoje tal risco. "Não vejo pressão sobre a prorrogação do auxílio. Muitos retomaram atividades, que estão quase sendo normalizadas em cidades do interior. Isso permite que as pessoas voltem a ter sua renda", disse Barros. "Temos ainda algumas medidas restritivas de combate à pandemia, mas não uma paralisação que justifique a necessidade de auxílio emergencial", complementou.