O pedido de quatro conselheiros da Petrobras para não ter seus mandatos renovados tem relação com a notícia de que acionistas da estatal se preparam para entrar com ações coletivas contra a empresa. Os pedidos foram formalizados na última terça (2). Um outro já havia manifestado a intenção de não ser reconduzido pelo governo.
Os conselheiros temem que, como pessoas físicas, acabem sendo atingidos nos processos e fiquem, por exemplo, com os bens bloqueados na Justiça. "O risco ficou muito grande", afirmou um dos membros do colegiado, sob condição de anonimato.
Os acionistas da estatal ameaçam ir à Justiça após o presidente Jair Bolsonaro decidir retirar Roberto Castello Branco da presidência da estatal por não concordar com a política de reajuste de preço do combustível conforme as variações do mercado internacional. O general Joaquim Silva e Luna foi indicado para substituir Castello Branco.
Na semana passada, os conselheiros aprovaram a convocação de uma assembleia extraordinária de acionistas que decidirá sobre a troca no comando da companhia. Apesar de a maioria dos membros ter aprovado a decisão, que atende um pedido do governo, eles eram contra a mudança na presidência.