O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, esteve na Câmara para explicar os preços dos combustíveis e a proposta de privatização da Petrobras.
O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, esteve na Câmara para explicar os preços dos combustíveis e a proposta de privatização da Petrobras.| Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que o governo federal não pode interferir na política de preços da Petrobras. A declaração aconteceu nesta terça-feira (21) durante sua participação em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, onde o ministro foi convidado para explicar os preços dos combustíveis e a proposta de privatização da Petrobras.

"Eu entendo que muitos dos senhores são cobrados pela população porque é difícil para a população entender por que o governo não interfere no preço dos combustíveis. E aqui, com toda a transparência, eu preciso ser claro: não é possível interferir no preço", enfatizou Sachsida aos parlamentares. "Não está no controle do governo. E, honestamente, preço é uma decisão da empresa, não do governo. Além disso, nós temos marcos legais que impedem intervenções do governo na administração de uma empresa, mesmo o governo sendo o acionista majoritário", explicou o ministro. “Mas gostaria de ressaltar que medidas foram tomadas em parceria com o Congresso para amenizar o problema para a população. Por exemplo, o auxílio gás”, citou.

Sachsida afirmou também que decidiu promover a troca na presidência da Petrobras por entender que não seria possível ajudar o consumidor brasileiro com a estrutura atual. "Eu respeito o presidente José Mauro, ex-presidente da Petrobras. Todo respeito a ele, ao Conselho Administrativo, seus diretores. Mas, tão logo eu assumi como ministro, eu achei por bem promover uma troca na empresa porque acredito que é o momento de aumentar a competição. Não há como ajudar o consumidor brasileiro com a estrutura atual”, disse.

José Mauro Coelho renunciou ao cargo na segunda-feira (20) após pressão do governo e a proposta de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras. Quem irá assumir o cargo de forma interina é Fernando Borges, atual diretor executivo de Exploração e Produção da estatal.