Sede do Banco Central em Brasília.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Os servidores do Banco Central (BC) decidiram nesta segunda-feira (28) entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira (1º). A categoria realizou uma assembleia nesta segunda para discutir o tema. Os servidores já estavam fazendo a chamada "operação padrão" e paralisações pontuais, o que vinha atrasando a divulgação de estatísticas desde o dia 17 de março.

A categoria pede um reajuste de 26,3%, além da reestruturação da carreira de analista. Analistas recebem, em média, R$ 26,2 mil por mês. O BC tem 3.500 servidores, cerca de 1,6 mil participaram da assembleia, 82% votaram pela paralisação total das atividades. Entre os indicadores que já estavam sofrendo atrasos na divulgação estão a Pesquisa Focus, o resultado do Questionário Pré-Copom, o fluxo cambial, e a apuração diária da taxa de câmbio de referência (Ptax).

Com a decisão, os funcionários do BC se juntam aos servidores do INSS, que também anunciaram greve nesta segunda. A decisão pela greve foi tomada em conjunto pelo Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central (SinTBacen), pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) e pela Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB).

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Os servidores públicos federais estão insatisfeitos desde que o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu, em janeiro, reajuste salarial apenas para a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e funcionários do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O movimento começou após o governo reservar R$ 1,7 bilhão no Orçamento para beneficiar os policiais. No dia 18 de janeiro, funcionários de mais de 20 categorias cruzaram os braços em reivindicação à reposição das perdas inflacionárias.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]