Fachada do Ministério da Economia na Esplanada dos Ministérios.
Fachada do Ministério da Economia na Esplanada dos Ministérios.| Foto: Hoana Gonçalves/ME

Os servidores do Tesouro Nacional decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (23). A decisão foi aprovado em assembleia deliberativa nesta terça-feira (17) e contou com o apoio de 71,5% dos participantes, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical).

"A greve é um último recurso, mas neste momento crítico em que o prazo legal para recomposição salarial em ano eleitoral se esgota e em que persiste a sinalização do governo de reajustes discriminando a carreira de Finanças e Controle, os servidores do Tesouro Nacional aprovaram a intensificação da mobilização", afirmou Bráulio Cerqueira, presidente do Unacon Sindical, em nota.

Em abril, o governo anunciou um reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo público. Os funcionários do Tesouro são a terceira categoria a entrar em greve. Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Banco Central seguem mobilizados e também reivindicam reajuste salarial e reestruturação de carreiras. Os funcionários da Controladoria-Geral da União (CGU) vão decidir na próxima sexta-feira (20) sobre a possibilidade de paralisação.

Na semana passada, o BC chegou a encaminhar ao Ministério da Economia uma proposta de Medida Provisória (MP) que previa reajuste de 22% aos servidores a partir de junho, além de reestruturação de carreira. No entanto, o BC retirou a proposta no mesmo dia por supostas "inconsistências" no texto.