O STF suspendeu, de forma definitiva, o acordo coletivo dos trabalhadores dos Correios. A pedido da estatal, uma liminar com esse teor já havia sido concedida pelo presidente da Corte, Dias Toffoli, no dia 1º de agosto, mas nesta sexta (21) o plenário virtual do Supremo formou maioria para confirmar a decisão. Os empregados, que estão em greve desde a segunda (17), prometem intensificar o movimento. Os Correios informaram que não foram notificados e só depois disso vão se manifestar. O acordo coletivo havia sido estendido até o fim de 2021 por decisão do TST em outubro de 2019, após greve de sete dias, considerada não abusiva. Das 79 cláusulas, 70 foram suspensas pelo STF, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais, além de pagamentos como adicional noturno e horas extras. Com a suspensão do acordo coletivo, os empregados terão descontos na folha de pagamento já a partir deste mês. Em alguns casos, segundo a Federação Nacional da categoria, a queda na remuneração pode chegar a 40%. Agora, empregados e Correios terão de negociar novo acordo junto ao TST e iniciar campanha salarial.