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Chefes de Estado da Índia, China, África do Sul, Brasil e Rússia | Rogan Ward/Reuters
Chefes de Estado da Índia, China, África do Sul, Brasil e Rússia| Foto: Rogan Ward/Reuters

As economias emergentes mais importantes do mundo concluíram ontem que não podem depender dos países desenvolvidos para reativar o crescimento econômico. Por isso Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, integrantes do Brics, vão depender cada vez mais de si mesmos. As soluções, como a criação de um banco de desenvolvimento e uma linha de socorro cambial, no entanto, esbarram em detalhes técnicos e só sairão do papel nos próximos anos.

No documento final da cú­pula, os líderes reconhecem a necessidade de atuar em conjunto para desenvolver a infraestrutura dos países. Atribuem problemas como as longas filas nos portos brasileiros para exportação de soja, à falta de financiamento de longo prazo.

Ficou acertado que o Brics criarão um banco de desenvolvimento, à semelhança do BNDES. Mas transformar essa decisão política em uma instituição real vai depender, agora, do trabalho dos ministros da Fazenda e presidentes de Banco Central do grupo. Eles voltam a relatar os progressos do trabalho em setembro. O capital do banco será o necessário para atender às necessidades. Antes da cúpula, a cifra girava em torno de US$ 50 bilhões.

Proteção

Outro ponto acordado foi a criação de um Arranjo de Reservas de Contingência. Trata-se de uma espécie de rede de proteção para o caso de crise de liquidez ou ataque especulativo. Segundo o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, será uma linha "adicional" de defesa durante a crise, já que o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi criado exatamente para tal necessidade. Cada país vai empenhar uma parte de suas reservas, totalizando US$ 100 bilhões como colchão de proteção. Não será um fundo, mas uma linha especial que será acionada, caso haja problemas. O Brasil deve contribuir com cerca de US$ 18 bilhões.

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