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Veja quanto as operadoras pagam hoje por consulta |
Veja quanto as operadoras pagam hoje por consulta| Foto:

Sinam

Programa dá desconto em consultas

Uma alternativa ao pagamento mensal de um plano de saúde no Paraná é a adesão ao Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam). Mantido pela Associação Médica do Paraná (AMP), o Sinam é um programa de assistência médica em que o cliente paga uma taxa anual e recebe descontos em consultas particulares, medicamentos e exames. A um custo de R$ 75 ao ano, o usuário opta pelos profissionais e laboratórios cadastrados no sistema, pagando pelo serviço os valores mínimos estabelecidos na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Na prática, uma consulta de até R$ 200, por exemplo, pode sair por R$ 50 ou R$ 100.

O Sinam não é um plano de saúde – não cobra mensalidade, não tem carência, nem condicionantes de idade e de doenças pré-existentes. O valor da consulta é pago diretamente ao médico, bastando que o cliente apresente sua carteira de usuário. Cônjuges, filhos menores de 21 anos e pais e sogros acima de 60 anos podem ser enquadrados como dependentes.

Cadastro

O cadastro no sistema pode ser feito presencialmente – na sede da entidade, em Curitiba –, pelos Correios – com a solicitação da ficha de inscrição – ou por e-mail (sinam@amp.org.br). Neste último caso, é preciso enviar o nome completo, endereço e número de CPF. O usuário receberá pelos Correios a ficha de inscrição e, posteriormente, os cartões seu e de seus dependentes. Em caso de cadastro presencial, o titular deve levar carteira de identidade, CPF e comprovante de residência (em nome do titular). Para os dependentes, é exigido carteira de identidade ou certidão de nascimento.

Serviço:

Sinam - Sistema de Atendimento Médico Rua: Cândido Xavier, 575, Água Verde, Curitiba. CEP: 80240-280 Fone: (41) 3019-8689 - Fax: (41) 3024-1415 Horários: Seg. a Sex.: 8h às 18h e Sáb.: 9h às 12h E-mail: sinam@amp.org.br

Da Redação

  • Os médicos preparam uma pauta de reivindicações. Veja algumas das demandas

A classe médica do Paraná começa hoje uma mobilização para promover o aumento dos honorários pagos pelos planos de saúde. Considerado um dos grandes gargalos do setor, o valor que o médico recebe por consulta no Paraná varia entre R$ 15 e R$ 49, remuneração considerada "insignificante" pelo presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), José Fernando Macedo. De acordo com ele, o valor mínimo pago por consulta deveria ser de R$ 80. As operadoras, por sua vez, alegam que reajustar os valores pagos para os médicos terá impacto nos seus custos.O impasse no setor pode sobrar para o consumidor, que já enfrenta dificuldade para marcar consultas e exames pelos planos de saúde, processo que pode demorar mais de dois meses – a mesma espera que um usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) tem de en­­frentar. "Com o atual honorário pago pelos planos é natural que o médico priorize os atendimentos particulares. Trata-se de uma distorção. O usuário paga cada vez mais pelos planos e tem um serviço cada vez pior. Os médicos recebem muito mal. Os planos de saúde, por sua vez, faturam cada vez mais", diz Macedo.

Desvinculação

Uma das propostas, de acordo com Macedo, é a desvinculação da consulta médica dos planos de saúde. Segundo ele, a Agência Nacional de Saúde (ANS) permite que o profissional atenda um cliente (recebendo particular) e solicite exames, internações e cirurgias pelo plano de saúde. "O plano deve cobrir esses procedimentos, já que ele é do paciente e não do médico", garante. Essa prática, porém, faz com que o consumidor tenha de pagar duas vezes: pelo plano de saúde e pela consulta.

O setor de saúde privada movimenta R$ 59 bilhões por ano e reúne 52 milhões de beneficiários no país. Nas mensalidades deste ano, o usuário de planos de saúde terá de enfrentar um reajuste de 6,73%. O índice, anunciado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) há duas semanas, ficou acima da inflação medida pelo IPCA – de 5,26%.

Inflação

O presidente da AMP justifica que a evolução dos valores pagos pelos honorários não se aproximam, de modo algum, da evolução medida pela inflação ou dos aumentos aplicados pelas empresas aos seus planos nos últimos anos.

"Estamos há décadas sem reajustes. A situação está precarizando o atendimento. Enquanto há médicos que recebem menos de R$ 20 por consulta, os planos de saúde conseguiram reajustes de mais de 100% desde 2003", afirma. Macedo acrescenta que R$ 80 para o preço da consulta seria um valor mínimo, já que, se considerada a inflação vivida nos últimos anos (desde 1996) o valor da consulta deveria estar em R$132,50.

Esse deve ser o principal tema da reunião da comissão estadual de honorários médicos – formada pelo Conselho Regional de Me­­dicina do Paraná (CRMPR), a Associação Médica do Paraná (AMP) e o Sindicado dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) – , que ocorre hoje às 20 horas na sede da AMP. São esperados cerca de 200 profissionais, que vão deliberar sobre os próximos passos da mobilização, que inclui ainda outros assuntos, como a criação de um novo piso para o SUS e de um plano de cargos, carreiras e vencimentos. A ideia é elaborar uma pauta de reivindicações para ser discutida com as entidades que representam os planos.

Atualmente, segundo Ma­ce­do, as negociações com a Unimed Curitiba e com a União Nacional das Instituições de Autogestão da Saúde (Unidas) estão paradas; com as seguradoras não houve negociação.

A reportagem da Gazeta do Povo procurou a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), que representa as operadoras de planos de saúde, mas até o fechamento dessa edição a entidade não havia se pronunciado sobre o tema. Procu­rado, o presidente da Unidas, Mauro Pereira, disse que não tinha informações suficientes para se manifestar. A Unimed Curitiba informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não foi comunicada formalmente sobre a reunião e também não iria se manifestar.

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