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Brasília – Terminou em empate a batalha que atrasou por semanas o pacote cambial. Depois de insistir que não aceitaria perda de arrecadação, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, recuou e abriu mão de aproximadamente R$ 200 milhões em CPMF, dinheiro que seria cobrado sobre os dólares que ficarão no exterior. Ponto para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Porém, os exportadores poderão deixar lá fora apenas 30% de suas receitas em moeda estrangeira, e não 50% como defendia o Ministério do Desenvolvimento. Ponto para a Receita.

O principal padrinho do pacote foi o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Ele chegou a entrar em choque com o Ministério da Fazenda, que se mostrou preocupado com a perda de arrecadação da CPMF. Furlan declarou que essa era uma discussão com foco errado. Qualquer perda tributária já teria sido mais do que compensada pelo aumento das exportações, sustentou. Até anteontem à noite, antes da decisão final, o governo ainda discutia o tamanho da abertura e uma forma de compensar a CPMF que deixará de ser arrecadada. Técnicos do Ministério do Desenvolvimento, por exemplo, apostavam até à véspera do anúncio de que os 50% seriam aceitos, mas também davam como certa a cobrança da CPMF. Para não perder arrecadação de CPMF, chegou-se a pensar em uma cobrança "virtual", sobre o dinheiro que ficasse no exterior. "Avaliamos que a medida não teria o impacto esperado sem a desoneração da CPMF. Temi que a medida não tivesse eficácia", disse Mantega.

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