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São Paulo (AE) – O mercado voltou a ficar estressado com a crise política. À espera do depoimento de Rogério Buratti, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto, investidores assumiram uma posição mais defensiva. O dólar encerrou o dia cotado em R$ 2,41, com alta de 1,05%, a Bovespa teve queda de 1,8% e o risco país avançou 0,73%, chegando a 413 pontos.

O depoimento de Buratti na CPI dos Bingos estava programado para ontem. No final da tarde, porém, o advogado de Buratti pediu para adiar o comparecimento de seu cliente à CPI.

O mercado vem operando como uma gangorra. Depois de estressar na sexta-feira e ter um dia extremamente positivo na segunda, voltou a ficar pessimista hoje. "A volatilidade veio para ficar, vamos ficar à mercê dos acontecimentos políticos", diz Rachel Fleury, economista da Tendências Consultoria Integrada. "Ninguém quer ser pego na contramão, caso haja surpresas no depoimento de Buratti."

O depoimento do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na CPI do Mensalão, não chegou a afetar os negócios. Mas a expectativa em relação ao depoimento de Buratti foi combustível para a instabilidade. O mercado deve se acalmar hoje e amanhã, e volta a se estressar na sexta-feira, à espera de denúncias nas revistas semanais. Segundo Paulo Hermanny, economista sênior da Itaú Corretora, o clima é de cautela. Ele vê muita volatilidade no curto prazo e um cenário positivo no longo prazo.

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