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Passageiro poderá comprar bilhete da Gol e viajar de Webjet, ou vice-versa | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Passageiro poderá comprar bilhete da Gol e viajar de Webjet, ou vice-versa| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Expansão

Azul compra mais 11 jatos da Embraer

Agência Estado

A Embraer e a Azul Linhas Aéreas assinaram ontem contrato para a venda de 11 jatos Embraer 195. O negócio aumenta o total de pedidos da companhia aérea para 52 E-Jets da Embraer. O valor total desta última aquisição, a preço de lista, é de US$ 497,2 milhões. As entregas estão previstas para começarem em 2013.

Segundo comunicado da Embraer, adicionalmente aos 23 aviões E195 que já estão em operação, com configuração de 118 assentos, a Azul também opera dez E190 com 106 assentos. Ambos os modelos são a base da frota da Azul, que iniciou operações em 2008 e em poucos anos alcançou a marca de 12 milhões de passageiros transportados. Com este novo pedido, a Azul se tornará o operador com a maior frota de E-Jets na América do Sul.

A Azul também começou ontem a vender passagens para mais um voo entre Curitiba e Campinas (SP). A partir de 1º de novembro, haverá seis frequências diárias entre as duas cidades. Os novos voos saem de Campinas às 8h20 e de Curitiba às 10h18.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) congelou ontem a compra da Webjet pela Gol até o julgamento definitivo da operação, que não tem data para ocorrer. O órgão entende que o negócio é complexo e deve ser analisado profundamente. Assim, manter as operações das duas companhias separadas é a única forma de garantir que, caso seja essa a decisão final, a fusão possa ser revertida.

"Por se tratar de um setor que apresenta elevado nível de concentração (por exemplo, na rota Guarulhos-Porto Alegre, a Gol transportou em 2010 25,9% dos passageiros, enquanto que a Webjet transportou 19,3%), bem como por ser um serviço fundamental para o desenvolvimento do país e redução das desigualdades regionais, visto que é responsável por grande parte do turismo de negócios e de lazer, o Cade e as requerentes concordaram que seria adequado manter a reversibilidade da operação", afirma a nota divulgada pelo Cade. "É importante ressaltar que o acordo é apenas uma medida de precaução, não sendo nenhuma indicação do posicionamento do Cade em relação à aquisição, visto que o processo ainda encontra-se no início da análise", conclui a nota.

Pelo acordo com o Cade, Gol e Webjet poderão compartilhar seus voos, o que significa que um passageiro pode comprar um bilhete da Gol e viajar em um avião da Webjet, e vice-versa. Foi permitido realocar algumas rotas, mas a maioria delas terá de ser mantida exatamente como hoje.

A Gol, porém, terá de manter operando separadamente as aeronaves da Webjet e não poderá pousar seus aviões em horários e espaços designados para a companhia (os chamados slots). O Cade cogitou permitir também o compartilhamento desses ativos, mas decidiu fazer um congelamento quase completo da operação.

Na data do julgamento final, a Webjet deverá ter o mesmo "tamanho" em relação à Gol – ou seja, se esta crescer, a Webjet também terá de aumentar participação de mercado. Procu­rada, a Gol não comentou a decisão. A Webjet disse que "cumprirá rigorosamente os termos estabelecidos no acordo".

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