Crédito imobiliário fica fora do corte de juros da Caixa
O financiamento imobiliário ficou de fora do programa de corte de juros anunciado nesta segunda-feira pela Caixa Econômica Federal. O presidente do banco, Jorge Hereda, argumentou que o segmento já tem margens muito pequenas
A Caixa Econômica Federal anunciou na manhã desta segunda-feira (9) um corte nos juros nas linhas de crédito para pessoa física e micro e pequenas empresas. No cheque especial, por exemplo, a taxa baixou 67% para até 1,35% ao mês. No financiamento de veículos, caiu para 0,98%. Nas linhas em que os juros ficaram menores, o banco espera liberar R$ 71 bilhões entre abril e dezembro.
As medidas atingem 25 milhões de clientes do banco. Com o corte, a Caixa espera liberar R$ 10 bilhões em empréstimos para pequenas empresas. Ao todo, o banco prevê liberar no crédito R$ 300 bilhões este ano, numero 24% maior que em 2011.
O presidente da Caixa, Jorge Hereda, destaca que é a maior redução de juros do banco e que a estratégia vai fazer o banco ganhar mercado. "É importante ser competitivo, tanto para não perder clientes como para ganhar", disse durante entrevista com a imprensa.
O executivo destacou que na época da crise financeira mundial, o banco tinha 6% do mercado, fatia que chegou a 12,6% no final de 2011. "Queremos aumentar essa participação e ter a terceira maior carteira de crédito do mercado."
O Banco do Brasil cortou suas taxas na última quarta-feira. Na media, a redução foi de 35%. O BB fez cortes em linhas como financiamento de veículos, cartões e para pequenas e médias empresas.
O corte nos juros do BB e da Caixa faz parte de uma estratégia do governo para estimular o consumo interno pelo aumento do credito. O objetivo também é fazer com que os bancos privados sigam os públicos e cortem juros, para não perderem mercado.
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