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Caixa vai subir juros e financiamento imobiliário vai ficar mais caro. | Henry Milleo / Gazeta do Povo
Caixa vai subir juros e financiamento imobiliário vai ficar mais caro.| Foto: Henry Milleo / Gazeta do Povo

A Caixa Econômica Federal vai reajustar as taxas de juros das operações para financiamento de imóveis residenciais contratadas com recursos da poupança a partir da próxima segunda-feira (19). A nova taxa será aplicada somente aos imóveis financiados depois deste dia.

A Caixa afirmou que está elevando as taxas por causa do aumento da taxa básica de juros, a Selic. Nos financiamentos feitos pelo SFH (Sistema Financeiro Habitacional), a taxa balcão - para clientes sem relacionamento com o banco - foi mantida em 9,15%; para quem já tem relacionamento com o banco, os juros subiram de 8,75% para 9%. Já para imóveis negociados pelo SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário), a taxa balcão subiu de 9,20% para 11%; para clientes com relacionamento, o juro passou de 9,10% para 10,70%.

As novas taxas passam a valer para créditos habitacionais concedidos a partir da próxima segunda-feira. Segundo o banco, as taxas de financiamentos contratados com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida e do FGTS não sofrerão reajuste.

A Caixa detém 70% do crédito imobiliário no país e a mudança na taxa de juros praticada pela instituição deverá ter impacto nos juros dos demais bancos e no ritmo de atividade da construção civil.

O reajuste nos juros da Caixa, que funcionam como um piso do mercado (o banco estatal é reconhecido por cobrar as menores taxas), deve levar as demais instituições a elevarem também os juros do empréstimo habitacional.

Apesar da alta generalizada dos juros nas demais linhas de crédito em 2014, os bancos resistiram em repassar a variação para o empréstimo imobiliário, que conta com recursos da poupança captados com pagamento de 6% ao ano mais TR.

No ano passado, a taxa Selic (juros básicos) subiu de 10% para 11,75% de janeiro a dezembro, enquanto os juros médios do financiamento passaram o ano em 8,5%.

Conheça as exigências de cada linha de financiamento habitacional e o que muda a partir do dia 19:

SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO (SFH):financia imóveis novos ou usados com valor máximo de R$ 750 mil, nas regiões metropolitanas de RJ, MG, SP e DF, ou de R$ 650 mil, nas demais regiões do país.

Não há limite de renda familiar, desde que seja compatível com a prestação a pagar. Permite o uso do saldo do FGTS para dar entrada e abater o saldo devedor ou as prestações.

As taxas de juros serão alteradas a partir do próximo dia 19 para o mínimo de 8,5% e o máximo de R$ 9,15% ao ano.

SISTEMA FINANCEIRO IMOBILIÁRIO (SFI):financia imóveis com valor superior a R$ 750 mil (regiões metropolitanas de RJ, SP, MG e DF) ou de R$ 650 mil (demais regiões do país). Não há limite de renda familiar, desde que seja compatível com o valor das prestação a ser paga.

As novas taxas de juros, que entram em vigor no dia 19, variam de 9,20% a 11% ao ano.

MINHA CASA MINHA VIDA: vale para imóvel novo ou em construção, com valor de até R$ 90 mil, para famílias com renda mensal entre R$ 465 e R$ 5 mil. Os juros que variam de 4,5% a 7,4% ao ano. Mas há subsídios. O programa só é aberto a candidatos selecionados pelas prefeituras de acordo com critérios socioeconômicos. Não sofreu alterações.

CARTA DE CRÉDITO FGTS:é utilizada para imóvel novo, usado ou em construção com valor de até R$ 90 mil para famílias com renda mensal de R$ 465 a R$ 5 mil. Os juros variam de 4,5% a 8,16%, de acordo com a faixa de renda. Não sofreu alterações.

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