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Brasília – A Caixa Econômica Federal (CEF) terá este ano um orçamento de pelo menos R$ 12 bilhões para financiar a aquisição de moradias no país, informaram ontem a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, e o ministro das Cidades, Márcio Fortes. A estimativa oficial é que somente esse recurso permita pelo menos o financiamento de 515 mil contratos para imóveis novos, usados, construção ou reforma. Em 2006, segundo balanço divulgado ontem, foram destinados R$ 14 bilhões pela Caixa para habitação, o que gerou 600,3 mil contratos.

"Certamente esse orçamento original deverá ser incrementado com as medidas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que serão anunciadas pelo presidente Lula", afirmou o ministro Márcio Fortes, sem revelar mais detalhes de quais medidas poderão ser incluídas no pacote para a área de habitação.

O anúncio do PAC está previsto para a próxima segunda-feira. No entanto, a presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho, disse que o banco não espera o anúncio do pacote para iniciar as operações de 2007. "O setor está aquecido. A demanda existe. Estamos prontos para continuar operando", disse.

Embora o orçamento da Caixa para a área de habitação seja de R$ 12 bilhões (incluindo os recursos do FGTS) para este ano, o vice-presidente da instituição, Jorge Hereda, acredita que o montante poderá chegar a R$ 14 bilhões ao longo do ano. No ano passado, este foi o valor investido pela entidade, maior, portanto, que o orçamento inicial, de R$ 10,2 bilhões.

Na avaliação do banco, a diferença entre o ano passado e este ano é que parte dos recursos já está disponível a partir deste mês. Em 2006, isso aconteceu apenas em abril. Um dos exemplos é o Programa de Arrendamento Residencial (PAR), que já conta com R$ 650 milhões.

A presidente da Caixa também afirmou que espera superar os valores de 2006. A Caixa estima que desses R$ 12 bilhões previstos para este ano, pelo menos R$ 4 bilhões virão de recursos próprios captados pela instituição. "Acreditamos que o mercado imobiliário este ano vai continuar sendo um bom negócio", comentou o vice-presidente, Jorge Hereda.

Governo

O total de recursos do governo destinados a área de habitação (R$ 14,1 bilhões) no ano passado representou um crescimento de 53% em relação ao ano anterior. De acordo com o ministro das Cidades, Márcio Fortes, 600 mil famílias foram atendidas e as que recebem até cinco salário mínimos tiveram prioridade. Apesar do esforço, o déficit habitacional no país ainda é alto: 7,9 milhões de moradias.

Neste ano, além da área habitacional, o ministro quer também ampliar os recursos para o saneamento e tentar integrar as ações de sua pasta com a de outros ministérios, como o do Desenvolvimento Social.

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