Os vigilantes responsáveis pelo transporte de valores no Paraná voltaram ao trabalho nesta quarta-feira (10) e a expectativa do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana (Sindivigilantes) é que todos os caixas eletrônicos do estado sejam reabastecidos com cédulas no máximo até a próxima sexta-feira (12). As empresas chegaram a um acordo com o sindicato patronal na tarde desta terça-feira (9) encerrando a greve que durou nove dias.
Duas empresas já estavam trabalhando com todo o efetivo de funcionários desde segunda-feira (8) e outras duas utilizavam 40% dos trabalhadores para atender a uma ordem judicial que exigia o retorno dos profissionais ao trabalho. Mesmo assim, a situação de falta de dinheiro nos caixas continuou em função do que o presidente do Sindivigilantes, João Soares, chamou de "Operação Tartaruga", na qual os vigilantes estavam trabalhando em ritmo lento apenas para cumprir a ordem judicial e evitar multas às empresas.
O acordo concedeu aos vigilantes (que trabalham diretamente nos carros-fortes) um reajuste salarial real de 1,14%, mais correções pelo INPC, além de vale alimentação no valor de R$ 15. Aos chamados funcionários da tesouraria (que atuam dentro das empresas, na contagem do numerário e preparação dos malotes), foi concedido vale alimentação de R$ 11,90 e fixado piso salarial de R$ 680, que será ampliado para R$ 700 em seis meses. No auge da greve, o Sindivigilantes chegou a reivindicar 8% de aumento real.
O pacto terá a duração de dois anos e prevê ainda um novo aumento de 0,5%, além de correções pelo INPC, em 2011. Os funcionários não receberão pelas horas não trabalhadas, mas terão um prazo de dois anos para repor o tempo em que ficaram parados. "Consideramos que houve um benefício significativo à categoria, pois conquistamos um reajuste maior do que o concedido em outros estados, como São Paulo, por exemplo", disse o presidente do Sindivigilantes, João Soares.
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