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Apesar da inércia da gestão passada do governo estadual e da lentidão da atual gestão em preparar um programa para a cadeia petrolífera, o Paraná já tem iniciativas para desenvolver a indústria do setor. Depois de uma cobrança do diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a Federação das In­dústrias do Estado do Paraná (Fiep) criou, há cerca de um ano, a Câmara de Petróleo e Gás. Ela já realizou 20 reuniões, das quais resultaram 15 projetos. Um deles, o "ABC do Pré-Sal", vai levar qualificação aos possíveis fornecedores da Petrobras, levando um treinamento rápido ao empresários que ainda têm dúvida em como se tornar um parceiro da estatal.

"O projeto está em fase de maturação e já está para ser lançado. O setor privado começou a se posicionar em relação ao pré-sal e na segunda-feira [em reunião de governo e empresários com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli] pude ver que o governo começou a participar. Até então, apenas a Câmara desenvolvia discussões sobre o assunto. Porém, há muitos entraves para serem resolvidos, que não são só questões da iniciativa privada. O governo precisa participar mais", analisa o secretário-executivo da Câmara, Jean Carlos Alberini.

Enquanto o governo do estado não coloca em prática o projeto do pré-sal no litoral paranaense, algumas empresas já dão como certa a instalação de unidades nos municípios litorâneos. É o caso da multinacional italiana Techint, que pretende transformar seu estaleiro em Pontal do Paraná em uma grande unidade industrial ainda neste ano. A previsão é que a operação no litoral do Paraná comece até dezembro e seja concluída em 2013. A empresa deve investir R$ 300 milhões nos próximos três anos e gerar dois mil empregos diretos e quatro mil indiretos.

A Techint foi contratada pela OSX, do bilionário Eike Batista, para construir duas "jaquetas", estruturas de sustentação de plataformas fixas. A Techint possui o estaleiro há mais de 30 anos, mas a última vez que a empresa utilizou o local foi entre 2005 e 2006, quando entregou à Petrobras uma jaqueta de 6,3 mil toneladas. Na ocasião, a operação empregou aproximadamente 1,5 mil pessoas.

Outra companhia que deve se instalar ainda este ano no município é a norueguesa Subsea 7, especializada em construção e engenharia submarina, que planeja investir R$ 100 milhões no município. A empresa, que vai montar tubos flexíveis para escoamento de petróleo, escolheu o litoral paranaense pela proximidade com a Bacia de Santos, principal área do pré-sal.

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