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Comparação de crescimento entre as indústrias paranaense e brasileira |
Comparação de crescimento entre as indústrias paranaense e brasileira| Foto:

Dependente de exportações, a produção madeireira paranaense cresceu com força entre 1998 e 2004, beneficiada por boa parte do "boom" imobiliário dos Estados Unidos. Mas, em seguida, a gradual desvalorização do dólar tirou a competitividade das madeireiras e derrubou as vendas em cerca de 30% ao longo dos quatro anos seguintes. Meses atrás, quando a moeda norte-americana disparou frente ao real, empresários do segmento passaram a apostar no início de uma retomada – que, se confirmada, pode dar algum impulso ao conjunto da indústria paranaense, uma vez que o beneficiamento de madeira responde por cerca de 5% da produção industrial do estado.

Por enquanto, nada feito. Desde setembro, o cenário apenas se deteriorou, por um motivo simples: a demanda internacional se retraiu violentamente, em razão da mesma crise que empurrou o dólar para cima. No último trimestre de 2008, o câmbio mais favorável não impediu as exportações de madeira do estado de recuar 16% frente ao terceiro trimestre e 36% em relação ao mesmo período de 2007.

Combustíveis

Apesar de o Paraná figurar entre os três maiores fabricantes de álcool do país, com produção anual de 2 bilhões de litros, a indústria de combustíveis do estado depende mais das atividades da Repar, a refinaria de Araucária – que tem capacidade para processar mais de 10 bilhões de litros de petróleo por ano.

Como a refinaria aumentou a produção em 2008 – basicamente por ter parado para manutenção por um mês no ano anterior –, o segmento avançou 8%. Mas esse efeito estatístico não vai se repetir neste ano, e a tendência é que o nível de produção da refinaria só cresça com mais força a partir de 2010, quando terminar parte das obras de ampliação.

Edição e impressão

A indústria gráfica paranaense exibe um dos desempenhos mais respeitáveis dos últimos anos. Desde 2002, cresceu 140%, impulsionada por gráficas de grupos educacionais como Positivo, Dom Bosco, Unificado, Opet e Expoente. "O período de dólar baixo ajudou a indústria a importar máquinas mais modernas, ganhar escala e ficar competitiva frente a outros estados", explica Sidney Paciornik, presidente da Abigraf-Paraná, associação do segmento. Por enquanto, diz ele, o "grosso" da crise não atingiu essa indústria. Mas é pouco provável que as gráficas repitam o desempenho de 2008, quando cresceram 28%. E, mesmo em caso de avanço, a participação delas ainda é limitada a 2% da produção total do estado. (FJ)

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