• Carregando...

São Paulo - O Banco Central usou todo o seu arsenal para intervir no mercado de câmbio doméstico, justamente no dia em que os agentes financeios mais atuaram para influenciar na formações dos preços. A Ptax (taxa média de câmbio, calculada pelo BC) do último dia útil do mês serve para a liquidação de uma série de contratos financeiros vinculados ao dólar. Para garantir os ganhos de suas aplicações, os maiores "players" do mercado entram em peso para derrubar as cotações, já que boa parte das "apostas" do setor financeiro é de "baixa".

Para contrabalançar esse movimento do mercado, a autoridade monetária intensificou e diversificou sua atuação no câmbio doméstico. Ontem, logo pela manhã, o BC realizou dois leilões para compra de dólar a termo (para liquidação na segunda quinzena de março), fez uma grande oferta de "swap" cambial (30 mil contratos, quando a média é de 20 mil), sem esquecer dos habituais leilões para compra de dólar à vista. Nesse contexto, o dólar oscilou entre R$ 1,663 e R$ 1,652, finalizando o expediente a R$ 1,663, o que representa um leve decréscimo de 0,06% sobre o fechamento de sexta-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,770 para venda e por R$ 1,600 para compra. O BC não fornece imediatamente o total de negócios nos leilões a termo e à vista.

No caso dos "swaps" cambiais (equivalentes a compras de dólar no mercado futuro), os agentes financeiros tomaram 25,3 mil dos 30 mil oferecidos, num volume de R$ 1,2 bilhão. O mercado de juros futuros, que serve de referência para o custo dos empréstimos bancários, mostrou taxas bem menores nesta segunda-feira, a poucos dias de uma nova reunião do Copom. A maioria dos analistas prevê um ajuste dos atuais 11,25% ao ano para 11,75%.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]