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Volvo do Brasil comemora 30 anos no salão Fenatran

Quinta maior fabricante de caminhões do país, com 8% do mercado, e terceira maior no segmento de caminhões pesados, onde responde por 21% de todas as vendas, a multinacional sueca Volvo vai aproveitar a Fenatran 2007 para comemorar 30 anos de atuação no país.

Com sede em Curitiba, a Volvo do Brasil foi constituída em 24 de outubro de 1977 e foi uma das primeiras empresas a se instalar na recém-criada Cidade Industrial (CIC).

A montadora vai apresentar no pavilhão do Anhembi o caminhão-conceito Volvo Série 80 anos. Fabricado no Paraná, o modelo não terá produção comercial, ao menos por enquanto. Servirá mais para chamar a atenção do público para os padrões de segurança adotados pela empresa, considerados os mais rígidos do mundo. "O modelo tem o que há de mais avançado em segurança ativa e passiva em veículos comerciais", diz em nota a gerente de marketing e vendas, Lucimari Stocco.

Segundo ela, o veículo tem air bag, freios ABS e sistema EBS de frenagem, que reduz a possibilidade de derrapagem em pistas escorregadias e de capotagem em curvas fechadas. O Volvo Série 80 Anos também tem um sistema de monitoramento de faixas nas rodovias, que impede o caminhão de sair do centro da pista, e o sistema ACC2, espécie de piloto automático.

Outro produto em exposição no salão será o modelo FM 10x4, caminhão pesado que carrega até 50 toneladas. O modelo é direcionado a setores que exigem grande capacidade de carga – e que estão em forte expansão no país –, como mineração e construção civil. (FJ)

A relação entre o mercado de caminhões e o de implementos rodoviários é muito parecida com a que se vê na estrada: para onde o caminhão vai, o implemento (carreta, baú, caçamba, tanque) vai atrás. Não é à toa que, depois de dois anos de depressão, causados pelo baixo crescimento econômico e pela retração do agronegócio, esses dois segmentos da indústria automotiva têm motivos de sobra para fazer festa em 2007: a indústria de caminhões comemora uma expansão de quase 30% nas vendas, acompanhada de perto pela de implementos.

"Quem compra um, tem que comprar o outro. Por isso esperamos que crescimento da indústria supere os 30% até o fim deste ano", diz Rafael Wolf Campos, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). Animadas com a recuperação do agronegócio, os recordes da indústria sucroalcooleira e a boa fase da construção civil, três empresas de Curitiba e região – que formam uma espécie de mini-pólo dos implementos – anunciam vendas recordes, investem em expansão e contratam funcionários para aproveitar o melhor ano da história do segmento.

Nos últimos 12 meses, Pastre, Boreal e Rodo Linea aumentaram em quase 50% seu quadro de pessoal, que ganhou 210 trabalhadores e passou a 670 pessoas. Mais 40 devem ser contratadas nos próximos meses. Algumas das novidades dessas empresas serão apresentadas a partir de hoje no 16.º Salão Internacional do Transporte – Fenatran 2007, no pavilhão Anhembi, em São Paulo. O evento, que vai até sexta-feira, terá mais de 300 expositores de 12 países.

Empresa mais antiga da área de implementos na região metropolitana, a Pastre apresentou em 2005 o que chamou de "carreta mais leve do país", que usava um tipo de aço até então inédito no Brasil: o Domex, fabricado pela siderúrgica sueca SSAB. Por ser mais resistente, esse aço permite o uso de chapas mais finas na construção das caçambas e semi-reboques, reduzindo em 25% o peso do implemento e em até 7% o custo do frete. A novidade fez sucesso, e foi copiada por concorrentes como a líder de mercado Randon.

Nesta edição do salão, o trunfo da empresa de Quatro Barras é o lançamento do "bitrem flex", implemento que, além de ser basculante, também pode ser carregado pelas laterais e por cima. "Ele pode levar cargas a granel como soja, milho, farelo, areia, calcário. E, com um sistema de aberturas laterais, também pode transportar material paletizado (encaixotado) e cargas secas em geral", explica o diretor industrial Lauro Pastre Júnior.

A Pastre deve vender neste ano cerca de 1.100 implementos e faturar R$ 53 milhões, com crescimento de 33% sobre 2006. Oitava maior fabricante do país, com 3% do mercado, a empresa elevou o número de funcionários de 230 para 270, e deve chamar outros 30 no primeiro semestre de 2008. No ano que vem, quando o mercado deve avançar entre 5% e 10%, a Pastre pretende investir cerca de R$ 3 milhões em sua fábrica.

Segredo

Vizinha da Pastre, a Boreal guarda segredo sobre seus números. Especializada em tanques de alumínio para transporte de combustível e baús para cargas frigorificadas, a companhia diz apenas que está acompanhando o mercado – o que já é excelente, de acordo com o sócio-diretor Rafael Campos, que também preside a Anfir. Na Fenatran, a empresa fundada em 1995 vai lançar um semi-reboque tanque com capacidade para 53 mil litros, que será o maior da categoria.

Assim como a Pastre, a Boreal aposta em um produto flexível para conquistar as transportadoras: uma carreta "paleteira-gancheira" para carregar cargas secas e também frigorificadas. "O cliente pode levar cargas com palets na ida e carne em ganchos na volta da viagem, otimizando os fretes", explica Campos. A Boreal emprega 100 pessoas – eram 80 há um ano – e deve contratar outras dez caso o mercado continue aquecido.

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