Detalhe do projeto Paraíso das Araucárias, em Campo Alegre (SC), onde devem ser investidos R$ 60 milhões.| Foto: Divulgação/Grupo CRH
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As inspirações vêm da Serra Gaúcha, um dos principais polos turísticos do Sul do Brasil, e dos pitorescos vilarejos das regiões alpinas, na Europa. Projetos imobiliários desenvolvidos por grupos catarinenses querem dar uma nova cara a Campo Alegre, uma pequena cidade do Nordeste do estado, com pouco mais de 12,5 mil habitantes, a 870 metros acima do nível do mar.

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A intenção é de que, no longo prazo, a cidade se torne uma espécie de "Gramado catarinense" e atraia mais público de cidades do entorno, como Balneário Camboriú, Blumenau, Curitiba, Jaraguá do Sul e Joinville. O "cartão de visita" são as temperaturas mais amenas e os atrativos naturais da região, como trilhas, cachoeiras, e picos de até 1,5 mil metros de altitude.

Uma das maiores iniciativas na cidade, que envolve um investimento de aproximadamente R$ 60 milhões, é o Paraíso das Araucárias. O empreendimento está sendo desenvolvido pelo Grupo CRH, dono da multinacional Tigre, que atua no segmento de plásticos para construção civil em 40 países.

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O projeto abrange uma área de 600 mil metros quadrados e está localizado em área urbana. O empreendimento é cortado pela rua principal da cidade, que faz a ligação entre a rodovia SC-418 e a cascata Paraíso, uma queda d'água com 60 metros de altura.

A iniciativa prevê residências, pequenos prédios, espaços públicos e um condomínio residencial e deve ser desenvolvida em duas fases. A primeira, cujo pré-lançamento ocorreu em julho, terá foco na implantação de pequenos edifícios residenciais e espaços públicos. A expectativa é de conseguir as licenças até o primeiro trimestre de 2024.

Também está prevista a construção de um parque linear de aproximadamente um quilômetro de extensão e mais de 30 mil metros quadrados, além de uma praça com 17 mil metros quadrados.

O presidente do Grupo CRH, Felipe Hansen, avalia que essa infraestrutura dará suporte ao estabelecimento de Campo Alegre como um novo destino turístico de serra e montanha, com experiências interativas que valorizam a natureza e a economia da cidade.

“A iniciativa traz a proposta de ser um novo ponto de encontro, dando vida à praça com área de lazer, gastronomia, serviços e entretenimento para a cidade. Queremos que Campo Alegre encontre sua identidade própria como destino turístico”, diz Hansen.

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A segunda etapa, com previsão de lançamento no primeiro trimestre de 2024, prevê um condomínio residencial fechado em uma área de 254 mil metros quadrados, dos quais 84 mil metros quadrados serão ocupados. O restante será preservado.

Outra iniciativa está sendo desenvolvida pelo empresário Vanderlei Palhano, do Grupo Ascensus, especializado em comércio exterior. O empreendimento fica em uma área de 250 mil metros quadrados às margens da SC-418, perto da cidade.

Uma das “portas de entrada” do projeto é um restaurante típico italiano, que está em funcionamento. Também prevê a implantação de cabanas, uma pousada, um centro de eventos com capacidade para 400 pessoas e um condomínio residencial de alto padrão, com 21 lotes para a construção de casas.

Segundo Palhano, o objetivo vai além do imobiliário. “Também pretendemos oferecer experiências aos frequentadores e moradores do empreendimento”, diz. Uma das parcerias em estudo é com vinicultores da localidade de Barolo, no Piemonte (Norte da Itália), para difundir os vinhos da região.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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