• Carregando...

Terminou na sexta-feira o prazo para a indicação de candidatos para a chefia do Fundo Monetário Internacional, e o ex-ministro francês das Finanças Dominique Strauss-Kahn é o favorito para suceder a Rodrigo Rato.

Além dele, o único outro candidato é Josef Tosovsky, ex-presidente do Banco Central tcheco, que tem apoio da Rússia, mas não do seu próprio país.

Strauss-Kahn tem apoio da União Européia, o que fortalece sua candidatura a diretor-gerente do Fundo. Mas a Rússia considera que falta a ele a capacidade técnica necessária ao cargo.

A decisão será tomada nas próximas semanas pelo conselho diretor do FMI.

Em nota divulgada na noite de sexta-feira em Washington, onde fica sua sede, o FMI disse que a direção vai avaliar o histórico profissional e as qualificações dos dois candidatos, que também serão submetidos a entrevista. "Depois disso, (a diretoria) vai se reunir para discutir os pontos fortes dos candidatos e fazer uma escolha."

O cargo foi aberto em julho, com a repentina renúncia de Rato, que comandava o processo de reforma do FMI, criado há 63 anos. O objetivo da reforma é fortalecer os mecanismos do Fundo para monitorar a economia mundial e alterar sua estrutura decisória para refletir melhor a ascensão de potências como a China.

Strauss-Kahn vem se empenhando na campanha, viajando o mundo para visitar líderes financeiros. Já o nome de Tosovsky foi apresentado pela Rússia apenas no fim de agosto.

Vários países em desenvolvimento, inclusive a Rússia, argumentam que uma convenção, estabelecida há décadas, de que os EUA escolhem o chefe do Banco Mundial e a Europa seleciona o diretor do FMI, está ultrapassada e deve ser abandonada para que seja reconhecida a força das economias emergentes.

Os Estados Unidos se mantiveram afastados da disputa entre Strauss-Kahn e Tosovsky.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]