As cantinas de dois presídios de segurança máxima em Mato Grosso do Sul têm servido para financiar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o próprio Estado. Em Campo Grande, conforme informações de agentes da inteligência da Polícia Militar (PM), os produtos vendidos na cantina são mais caros para aqueles que não integram o PCC. Uma lata de refrigerante chega a custar R$ 5. Na colônia agrícola de Campo Grande e no presídio de segurança máxima de Dourados, o lucro obtido nesse comércio é usado para gastos administrativos, que deveriam ser bancados pelo Estado.
O problema identificado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante mutirão em Mato Grosso do Sul já foi constatado em outros Estados, como Rio de Janeiro e Maranhão. A conclusão a que chegaram juízes que inspecionam os presídios é a de que os presos, em alguns presídios, acabam pagando para permanecer encarcerados ou financiam indiretamente organizações criminosas. Um ofício do CNJ foi enviado ao Ministério Público do Estado e à administração penitenciária, para que o assunto seja investigado.
Em Dourados, os produtos comprados sem licitação e revendidos pela direção do presídio a preços mais altos que os de mercado movimentaram, em setembro, mais de R$ 53 mil e geraram um lucro de R$ 16.506. Dinheiro que, de acordo com a planilha apresentada pela direção do presídio ao CNJ, fica guardado num cofre e é usado para despesas administrativas, como o conserto da máquina de raio X, recarga de cartuchos de impressoras, compra de lâmpadas, remédios, combustível e até spray de pimenta. Essas despesas também foram feitas sem licitação e sem a fiscalização do Ministério Público.
-
Inquéritos de Moraes deram guinada na posição de Cármen Lúcia sobre liberdade de expressão
-
Bala na Cara, Manos e Antibala: RS tem o maior número de facções do país e desafio na tragédia
-
Brasil responde a mobilização “pré-guerra” da Venezuela com preparação de defesas em Roraima
-
A função do equilíbrio fiscal
Governo Lula importa arroz para vender com marca própria e preço fixado
Gustavo Franco: “Banco Central está fazendo tudo direitinho e espero que continue”
Brasil prepara contra-ataque às imposições ambientais unilaterais da Europa
Maior parte dos recursos anunciados por Dilma ao RS foi negociada no governo Bolsonaro
Deixe sua opinião