Analisada pelo governo há meses, a capitalização da Eletrobras deverá ser concluída até setembro deste ano. A expectativa é de uma importante fonte do governo, que acompanha de perto o processo.
A operação de capitalização - cujo volume financeiro não foi revelado - envolverá a troca, por ações da Eletrobras, de créditos que o BNDES e o Tesouro Nacional detêm na empresa. Segundo a mesma fonte, para não haver diluição de participação acionária, os minoritários também serão chamados a aderir. "Em síntese, haverá uma troca de dívida por ação. Isso será de grande melhoria para o resultado da Eletrobras", disse a fonte, que não falou em volumes financeiros.
Os contornos dessa capitalização já vinham sendo desenhados há algum tempo. Em abril, o Tesouro transferiu para o BNDES o equivalente a R$ 2,7 bilhões, relativos a Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (Afac) que a União detinha na Eletrobras. Essa conta é um crédito computado no balanço da Eletrobras que forma uma espécie de reserva a ser usada pelo governo numa eventual capitalização.
Segundo dados obtidos no site da área de Relações com Investidores da Eletrobras, hoje a participação do governo federal (representado pelo Tesouro) na empresa equivale a 52% das ações ordinárias. O BNDES, pelo seu braço de investimentos, o BNDESpar, detém outros 21,08%. Já quanto às ações preferenciais (sem direito a voto), a União tem participação zero e ao BNDESpar, de 8,22%. A Eletrobras vem realizando um processo de "limpeza" de suas contas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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