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Mesmo que não consiga certificar a tempo as reservas não-licitadas na região do pré-sal, que serão utilizadas pelo governo no plano de capitalização, a Petrobras poderá fazer a operação em duas etapas para não perder a janela do mercado financeiro, afirmou uma fonte familiarizada com a operação.

De acordo com a fonte, que pediu anonimato, por serem duas operações não necessariamente atreladas não haverá problema se primeiro a Petrobras receber títulos públicos da União em troca de ações da companhia e depois de um tempo finalizar a operação trocando esses títulos pelas reservas de até 5 bilhões de barris.

Nos últimos dias, comentários na mídia indicaram que a demora na avaliação e posterior certificação das reservas poderia impedir o avanço da operação, mesmo que fosse aprovada no Congresso.

Se aprovada a capitalização da Petrobras no Senado nas próximas semanas, como está sendo esperado pela estatal, em julho a operação será lançada no mercado com ou sem certificação, informou a fonte.

"Isso é uma possibilidade, não precisa ser simultânea...mas não é o que a Petrobras quer", disse a fonte à Reuters afirmando que ainda existe tempo hábil para certificar as reservas.

"A capitalização pode ser desdobrada, ela pode ser feita em duas etapas, primeiro a capitalização e depois a cessão onerosa (dos 5 bilhões de barris)", explicou.

Na segunda-feira, o Credit Suisse emitiu relatório afirmando que a capitalização poderia sofrer atraso porque a certificação do valor dos barris a serem utilizados no plano de troca por ações pode levar mais tempo do que esperado.

Votação

Mesmo assim, a fonte se disse otimista com o cronograma da capitalização e confia que o tema começará a ser votado no Senado esta semana e finalizado até o final do mês, com a operação sendo levada ao mercado em julho, mesmo período em que a certificação deverá estar pronta.

"Durante maio nós temos tempo, até o final de maio...vai começar a votar (no Senado) esta semana", disse a fonte.

A capitalização da Petrobras foi idealizada para aumentar as reservas da companhia em até 5 bilhões de barris de petróleo e com isso elevar sua capacidade de endividamento para desenvolver os projetos bilionários do pré-sal.

A Petrobras trocará ações da companhia por títulos públicos no seu aumento de capital, sendo que esses títulos serão devolvidos para a União em troca das reservas. Os demais acionistas poderão participar com dinheiro ou títulos, recursos que irão para o caixa da estatal.

De acordo com o site do Senado Federal na Internet, o governo tenta destravar a pauta do Senado nesta terça-feira, votando duas medidas provisórias (472/09 e 473/09) para poder iniciar a votação dos projetos de lei do marco regulatório do pré-sal.

Mas o mais provável é que o início da votação do pré-sal fique para a próxima semana.

Além da capitalização da Petrobras, estão na fila parlamentar o regime de partilha para exploração da nova fronteira; a criação da Pré-Sal S.A.; e a criação de um fundo social para gerir os recursos advindos da exploração do pré-sal.

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